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09 Agosto

15 trocas alimentares para controlar as taxas de Colesterol

O colesterol elevado é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, entre elas infarto e acidente vascular cerebral, um importante fator de risco de morte.

No placar científico, um time de nutrientes já pontuou a favor das nossas artérias na disputa contra o colesterol. Um estudo em institutos espanhóis, como o Hospital Clinic de Barcelona, demonstra, após analisar 772 pessoas suscetíveis a infartos, que uma dieta rica em fibras dribla o excesso de LDL, a versão nada benéfica da gordura, afastando perigos.

Já nos Estados Unidos, pesquisadores da Universidade Loma Linda provaram que peixes, nozes e castanhas garantem proteção, pois ajudam a controlar as taxas da substância no sangue. Por que, então, não inserir esses alimentos ao cardápio? A tática vitoriosa é trocar itens que contribuem muito pouco, ou até atrapalham, por outros que se mobilizam para vencer o colesterol, e o melhor: sem deixar o prazer à mesa de lado. Confira:



1-)

A massa integral presenteia o organismo com boas doses de fibras. Esse ingrediente serve de alimento a bactérias aliadas que moram no intestino. Bem nutridas, algumas delas fabricam mais propionato, uma substância que tem tudo a ver com os níveis de gordura na circulação. Ao chegar ao fígado, ela diminui a produção de colesterol. Com isso, cai também a quantidade dessa partícula no sangue.

2-)

A bebida desnatada tem o mesmo teor do mineral, com a vantagem de ostentar menos ácidos graxos saturados. O excesso desse tipo de gordura eleva os níveis de LDL, a fração ruim do colesterol. Isso porque reduz o número de receptores que captam LDL nas células. Se esse mecanismo não funciona direito, o colesterol vaga no sangue, pronto para se depositar na parede das artérias.

 3-)  

Uma de suas vantagens é fornecer doses generosas de ácidos graxos monoinsaturados. Eles não aumentam os níveis de LDL e ainda ajudam a erguer um pouco as taxas de HDL, o colesterol bom. Além disso, os compostos fenólicos do azeite evitam a oxidação do colesterol, fenômeno que propicia a formação das placas.

 4-)

A aveia tem fama de ser um dos cereais mais nutritivos do planeta. Por isso merece um espaço logo no café da manhã - seja na forma de flocos, seja no mingau. Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina comprova, mais uma vez, sua capacidade de cortar a gordura que sobra no sangue. A aveia é rica em betaglucanas, fibras fermentadas no intestino e capazes de regular a síntese de colesterol. Elas ainda aumentam o colesterol do bem, o HDL.

 5-)

Frutos do mar não são tão frequentes no prato do brasileiro, mas vale ficar atento durante a viagem à praia. Eles encabeçam o ranking marinho de colesterol - são 152ml da gordura em uma porção de 100gr. Ou seja, quase o triplo do que é oferecido pela mesma quantidade de um peixe gordo como o salmão. Esse pescado se sai melhor também por outro motivo: é carregado de ômega-3. E uma pesquisa da Universidade Columbia nos EUA, revela que o ômega diminui a captação de LDL pela parede das artérias, prevenindo as placas.

 6-)

O porco não é mais gordo que o boi nem o boi é mais gordo que o porco. Tudo é questão de corte. Há peças bovinas com menos gordura saturada, caso da alcatra e do filé mignon, e há aquelas parrudas, como a picanha e o cupim. O mesmo se aplica à carne suína: o lombo é mais magro que o pernil. Mas saiba que há medidas para retalhar o possível malefício de qualquer corte gordo. Limpe a peça antes de cozinhá-la, retirando toda gordura aparente. Até porque, apesar de a gente não ver, altas doses do nutriente já estão contidas na carne.

 7-)

Elas mantêm uma rivalidade histórica e ainda suscitam debates entre os experts. No duelo em prol de artérias saudáveis, porém, a margarina leva certa vantagem, porque não conta com a gordura de origem animal e o colesterol. Nos últimos anos, a indústria tem acrescentado componentes à sua fórmula para torná-la mais benéfica. Entre eles, destaque para os fitosteróis, que facilitam a expulsão do colesterol pelas fezes. Os produtos enriquecidos com essa substância são indicados a quem já tem colesterol alto.

8-)

Essa é para matar a sede e resguardar o peito. É na casca da uva que está um parceiro do coração, o resveratrol. Ele atua na redução do colesterol e tem efeito antioxidante. Ao impedir que as partículas de LDL se oxidem, a substância evita indiretamente que elas grudem na parede do vaso. Ao contrário do que muita gente pensa, o resveratrol não é exclusivo do vinho. O suco de uva natural e feito na hora (com casca, por favor!) também o disponibiliza ao organismo.

 9-)  

Essa troca pode ser estendida à alface e ao repolho: prefira sempre o roxo. As hortaliças com essa cor abrigam um pigmento que aplaca o colesterol, a antocianina. Experimentos feitos em animais de laboratório mostraram que ela reduz consideravelmente a concentração da gordura no sangue. A substância inibe uma enzima que participa da síntese de colesterol no fígado, além de aumentar sua eliminação do organismo. Morangos e cerejas, saiba, também são reservas de antocianinas.

10-)  

O macarrão é o mais inocente por aqui. Quem incentiva ou não a escalada do colesterol é o molho. O branco é bem gordo. Em 2 colheres de sopa encontramos 4,5 gramas de gordura. Como o preparo exige creme de leite e queijo, o prato fica cheio de ácidos graxos saturados. Uma bela macarronada ao sugo não guarda esse perigo. Nas mesmas 2 colheres de sopa, há somente 0,1 grama de gordura. Apenas procure usar o molho de tomate feito em casa e evitar a manteiga no momento de refogá-lo. E, se possível, opte pela massa integral.

11-)

O doce de cacau se notabilizou como um amigo do sistema circulatório. Mas não é todo chocolate que, de fato, prova sua amizade às nossas artérias. O tipo que merece respeito é o amargo. Ele possui menos gorduras saturadas que o branco e a versão ao leite. Sem falar que fornece catequinas, substâncias que ajudam a sequestrar o LDL e impedir sua oxidação. Mas fique atento ao rótulo: amargo de verdade tem mais de 60% de cacau em sua composição.

12-)

Em vez de exagerar no sal, use a imaginação e as ervas aromáticas, além de alho. Ele tem compostos capazes de controlar o colesterol. Ervas como o orégano e o alecrim merecem ser convidadas à cozinha por causa do seu poder de fogo contra a oxidação, um fenômeno que não poupa o LDL, tornando-o ainda mais danoso para as artérias. Mas essa ação pode minguar quando os ingredientes são expostos a temperaturas elevadas. Procure acrescentá-los nos minutos finais do cozimento.

13-)

Muita gente pensa que basta despir uma coxa de frango assada no prato para se livrar de um boom de colesterol. Ledo engano. Retirar a pele é, sim, fundamental, mas isso deve ser feito antes de levar a carne ao fogo. Quando submetidos ao calor, a gordura saturada e o colesterol da pele conseguem se dissolver e penetrar na carne.

14-)

A intenção é abrir espaço ao tofu, que é feito de soja. Ele é uma preciosidade porque concentra o que o grão tem de melhor: proteínas e isoflavonas. A proteína da soja aumenta a atividade de receptores que colocam o LDL para dentro das células e inibe a principal enzima responsável pela produção de colesterol. E as isoflavonas não só potencializam a queda do LDL como evitam sua oxidação.

15-)

Faz toda a diferença investir um tempo a mais para estourar o milho no fogão. É uma forma de controlar a quantidade de gordura no preparo, porque no produto de micro-ondas ela já é fixa. A versão que ganha na praticidade perde pontos porque carrega ácidos graxos saturados e trans. Na panela, dá para usar um óleo mais saudável, como o de canola, e você aproveita as fibras do milho, deixando seu colesterol em paz.


Fonte: Revista Saúde