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20 Novembro

Biomédico: um profissional em favor da saúde pública

Hoje, 20 de Novembro, é o dia do biomédico. Você tem ideia do que ele faz? Provavelmente você já teve que usar o serviço de algum biomédico mesmo sem saber. Profissão pouco conhecida pela população em geral, o biomédico atua em 35 áreas diferentes. Ele é um profissional da saúde e da ciência de extrema importância na saúde pública, além de atuar em outras áreas como a microbiologia, micologia, citopatologia, biologia molecular, anatomia patológica e fisiologia.

Exames de sangue para detecção de cânceres e outras doenças, ressonância magnética ou outros exames por imagens, trabalho nos bancos de sangue, pesquisas de novos medicamentos e vacinas, e monitoramento de epidemias na vigilância em saúde são algumas das atividades feitas pelos biomédicos. A biomedicina é uma ciência relativamente nova entre as ciências da saúde. Eles trabalham em hospitais, universidades, faculdades, centros de pesquisas, laboratórios, entre outros.

“O biomédico trabalha num leque gigante que pode ser muito importante na melhoria da saúde pública do Brasil”, acredita Renato Minizzo, coordenador do curso de pós-graduação na área de biomedicina na Universidade Feevale de Novo Hamburgo-RS. Para ele, “uma das principais funções do biomédico na saúde pública é na prevenção das doenças. Ele faz os exames preventivos nas campanhas de saúde evitando o adoecimento da população”, opina Renato.

E é principalmente dentro dos laboratórios de saúde pública que os biomédicos contribuem para a saúde da população como um todo. Esses laboratórios têm como função primordial contribuir para o estudo e a solução de todos os problemas importante de saúde apresentados, sendo um órgão auxiliar essencial dos programas de vigilância em saúde. Quem nos explica isso é a biomédica sanitarista da Coordenação-Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB), Lúcia Berto.

“Os Laboratórios fornecem uma informação precisa e fidedigna para assistência médica, vigilância sanitária, e vigilância epidemiológica para que possam alertar as autoridades para o problema e adotar medidas adequadas”, conta Lúcia, que trabalha há 23 anos na gestão da CGLAB, instância da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde responsável por coordenar, normatizar e supervisionar a rede de laboratórios públicos.


Laboratórios Públicos

Com o intuito de fortalecer os laboratórios nacionais, o Ministério da Saúde vem ampliando o investimento e aumentando a produção de vacinas e medicamento, além de incentivar o conhecimento e a tecnologia na área de saúde.  Com o Programa de Investimento no Complexo Industrial da Saúde (Procis), houve aumentou significativo no orçamento do Ministério para investimento na qualificação dos laboratórios públicos nacionais. Em 2012, foram investidos R$ 242 milhões em 67 projetos voltados à infraestrutura, desenvolvimento e inovação, além da qualificação da gestão de 14 laboratórios públicos produtores e sete Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) e de suporte tecnológico. Este valor é cinco vezes maior, se comparados aos investimentos nos últimos 12 anos, que somaram R$ 42 milhões.


Parcerias 

O Ministério da Saúde já firmou 88 Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) entre laboratórios públicos e privados – que incluem remédios, vacinas, produtos para saúde e pesquisas em desenvolvimento. Esses acordos permitem reduções significativas e progressivas de preços, à medida que a tecnologia é transferida para o país.  A economia para os cofres públicos é de cerca de R$ 3 bilhões por ano.

Além disso, o Brasil é referência mundial quando se fala em imunização. Integra o Projeto de Cooperação Tripartite Haiti-Brasil-Canadá, que tem como objetivo aprimorar o programa de imunizações do Haiti. Também já auxiliou em campanhas no Timor Leste, na Palestina, Cisjordânia e Faixa de Gaza, além de possuir cooperação técnica com países como Estados Unidos, Paraguai, Uruguai e Argentina, entre outros.


Fonte: Ministério da Saúde