NOTÍCIAS

16 Outubro

Infectologista atua contra doenças que mais ameaçam a saúde pública; dia 11 comemora-se a especialidade

Febres persistentes, surtos de dengue, hepatite, tuberculose, infecções recorrentes e até doenças negligenciadas como a leishmaniose: por trás de todas essas condições está o trabalho de um profissional essencial para a saúde pública, o infectologista. A especialidade médica, celebrada no dia 11 de abril, é estratégica para a prevenção, controle e tratamento de enfermidades que afetam milhares de brasileiros todos os anos.


A médica infectologista Laísa Raquel Tamezawa Martinez, faz parte da equipe da Santa Casa de Maringá e atua tanto no atendimento hospitalar quanto em ações de saúde pública comenta: “o papel de um especialista em doenças infecciosas é multifacetado e crucial para a prevenção, controle e tratamento dessas enfermidades. Atuamos desde a vigilância e o controle de surtos até a gestão de programas de uso racional de antimicrobianos e controle de infecções hospitalares”, explica.


A atuação da infectologia ganhou maior reconhecimento da sociedade com a pandemia de Covid-19. “Durante aquele período, desenvolvemos protocolos, lideramos ensaios clínicos e enfrentamos a gestão de crises hospitalares. Foi um momento que favoreceu a visibilidade da nossa especialidade”, afirma.


A procura por infectologistas ocorre em casos de febre persistente, infecções que voltam com frequência ou suspeitas de doenças como dengue, hepatite, HIV e tuberculose. “Também atendemos pacientes com sistema imunológico comprometido, pessoas que retornam de áreas de risco, além de orientação sobre vacinação e doenças sexualmente transmissíveis”, complementa.


Ela destaca que algumas populações exigem maior acompanhamento, como crianças, idosos, pacientes imunocomprometidos, pessoas com doenças crônicas (como diabetes ou doenças hepáticas), comunidades indígenas e moradores de regiões com baixa infraestrutura de saneamento.


Para reduzir riscos de infecção, a médica reforça cuidados como lavar as mãos com frequência, evitar o compartilhamento de objetos pessoais, higienizar frutas e alimentos, cobrir nariz e boca ao espirrar, não se expor em lugares públicos quando doente, manter a vacinação em dia, além de praticar hábitos saudáveis. “Manter as vacinas atualizadas, especialmente em bebês, idosos e pessoas com HIV/AIDS, é uma das formas mais eficazes de se proteger”, reforça.


Laísa deixa uma mensagem para quem deseja seguir carreira na área: “dentro da infectologia, conseguimos praticar a essência da medicina, cuidando de forma especializada, mas ampla. Atuamos também na gestão e prevenção de doenças com impacto direto na saúde pública, em um campo dinâmico e nada rotineiro”.